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Arquivo Distrital de Évora
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AHMBRB
Arquivo Histórico Municipal de Borba
1620/1928
F
Impostos
1620/1837
005
Real da água, vinho e carne
1777/1824
0001
Livro do manifesto do real de água, vinho e carne
1777/1798
0002
Livro do manifesto do real de água, vinho e carne
1795/1824
Real da água, vinho e carne
Description level
Series
Reference code
PT/ADEVR/AHMBRB/F/005
Title type
Atribuído
Date range
1777
to
1824
Dimension and support
2 ui
Biography or history
Borba é vila e sede de concelho da comarca de Vila Viçosa, pertencente ao Distrito e Arquidiocese de Évora. Administra quatro freguesias, duas urbanas e duas rurais, respectivamente Matriz de Nossa Senhora do Soveral (incluindo a extinta de Santa Babara) e S. Bartolomeu, Orada e Rio de Moinhos.
Foi povoação conquistada aos mouros no reinado de D. Afonso II, em 1217, e entregue à Ordem de S. Bento de Avis, cujo mestre, Fernão Anes, havia contribuído com as suas milícias para a tomada deste território, no qual se englobam, Monforte, Veiros e Vila Viçosa.
A fixação do colonato e da ordem militar somente se efectivou em 1223, data da ocupação de Elvas e Juromenha.
Aos mesmos cavaleiros concedeu D: Afonso II o padroado das futuras igrejas, no ano de 1250, como recompensa dos serviços prestados na conquista de Algarve.
O seu amuramento acastelado e a concessão de um primeiro foral, dado em Santarém em 15 de Junho de 1302, ficaram a dever-se a D. Dinis, que constituiu o novo concelho, liberto do de Estremoz.
D. Manuel atribui-lhe um novo foral passado em Lisboa, em 1 de Junho de 1512.
Na vila transcorreram episódios históricos de certa notoriedade, durante as campanhas de Independência de 1383 – 1385, da Restauração de 1640 e da sucessão de Espanha. Destacam-se os acontecimentos sucedidos durante a ocupação dos aliados ingleses do duque de Lencastre e da cilada de Vila Viçosa, onde perdeu a vida Fernão Pereira, irmão do condestável D. Nuno, que tivera Quartel General em Borba, e foi um primeiro donatário, por mercê de D. João I. Saliente-se igualmente a defesa inglória da vila pelo governador Rodrigo da Cunha Ferreira contra o exército do Grão Prior de Castela, príncipe D. João de Áustria, em 1662, que lhe valeu a ignominiosa morte por enforcamento.
Recorde-se que na mesma terrível represália os espanhóis incendiaram os Paços do Concelho e o Cartório Municipal, em 31 de Maio do mesmo ano, perdendo-se a quase totalidade dos manuscritos mais antigos.
Durante a Guerra Peninsular, formou-se em Borba a Junta da Defesa integrada na Junta Suprema do Alentejo. Nesta emergência, levantou-se um pequeno grupo de milicianos que figuram na defesa de Évora no dia 29 de Julho de 1808 contra as tropas francesas de Loison, tendo como comandante o Coronel António Guedes. Pouco mais tarde, em 1809 – 1811, alojou-se na vila uma brigada escocesa incorporada no exército luso-britânico de Beresford.
Durante a Patuleia, em 8 de Dezembro de 1846, os Setembristas borbenses opuseram-se à passagem de uma força militar da Rainha que vinha de Elvas, o que motivou represálias de um destacamento legalista no dia 3 de Fevereiro do ano seguinte, causadora de muitas mortes e feridas.
O concelho, extinto por Decreto de 12 de Julho de 1895 e anexado ao de Vila Viçosa, foi restaurado pelo Decreto de 13 de Janeiro de 1898, data escolhida como feriado municipal.
Language of the material
Português
Creation date
17/09/2012 14:39:19
Last modification
23/02/2016 16:40:00
Record not reviewed.
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